segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Questão de Gênero nas Empresas e autonomia no trabalho


A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou este ano que as microempresas são as grandes fontes de emprego para as mulheres latinas: entre 30% a 60% dessas empresas são controladas por mulheres. O Fórum Econômico Mundial divulgou este ano que a média de mulheres em todo o mundo que ocupam cargos de Diretor – Executivo (CEO) aproxima de 5%. Já no Brasil os dados estatísticos apontam 11%. Segundo a fonte PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) no ano de 2009, a maior participação das mulheres no mercado de trabalho se encontra é no setor de serviços, em seguida no ranking estão às atividades de Comércio e Serviços Domésticos, sendo estes os setores com maior presença do trabalho feminino.
Vale destacar que:

“Segundo estudos da Global Entrepeneurship Monitor (GEM) divulgados neste ano, há no Brasil um total de 14,6 milhões de empreendedores. Neste contexto, a mulher ocupa o percentual de 46%. A questão de gênero no empreendedorismo está fazendo a diferença em diversos segmentos econômicos, nas áreas de comércio, prestação de serviços, indústria e agropecuária”.

No Brasil, as mulheres representam 51,7% da População em Idade Ativa (acima de 10 anos de idade), conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008. O resultado aponta que de acordo com o gênero da População Economicamente Ativa (PEA), o gênero masculino é a maioria na composição do PEA, contudo a participação das mulheres é bastante relevante e mostra que 43,6% são mulheres. As mulheres têm conquistado espaço significativo dentro do mercado de trabalho bancário. De acordo com Lavinas (2002, p. 34):



“A desigualdade salarial entre os sexos é ainda muito acentuada, independentemente do nível de escolaridade e do setor ocupacional. Além disso, as mulheres registram elevação constante da Igualdade e desigualdade de gênero no Brasil 154 número médio de horas da sua jornada semanal de trabalho, enquanto ocorre o inverso para os homens. Isso significa que, aqui também, prevalece a tendência à convergência horária, invalidando a idéia de que apenas a expansão do emprego em tempo parcial permite a maior absorção da força de trabalho feminina”.

De acordo com a autora a diferença salarial, aponta a desigualdade, mas seria tal desigualdade um indicador de que o desenho de cargos e referente faixa salarial são diferenciados entre os gêneros? Pergunta que suscita novos estudos

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