segunda-feira, 22 de novembro de 2010

È preciso superar a dicotomia entre “pensar” e “agir”?

Afinal, o mundo interdependente é um mundo cheio de novas idéias.“ Os analfabetos do século XXI, não são os que não sabem ler, mas sim, os que não sabem desaprender e reaprender de novo”.

A relação de interdependência se estabelece com a convivência com outra pessoa, é o fato de precisarmos do outro constantemente em nossas ações. Um profissional depende de outro, por exemplo, um profissional de marketing, precisa no mínimo de um designer e de um redator para sua campanha. A relação de interdependência estabelecida entre estudantes por um lado dependem dos professores para chegarem a se tornarem profissional, por outro lado, o professor depende do aluno para que possa exercer sua profissão.

De acordo com Dalai Lama( 2000):


"As coisas ocorrem de três maneiras diferentes. Num primeiro nível, recorre-se ao princípio de causa e efeito, pelo qual todas as coisas e acontecimentos surgem dependendo de uma complexa rede de causas e condições relacionadas entre si. Sendo assim, nada nem nenhum acontecimento podem vir a existir ou permanecer existindo por si só. Ele tem uma origem dependente, sua criação está subordinada a essas causas e condições. Num segundo nível, a interdependência pode ser compreendida em termos da mútua dependência que existe entre as partes e o todo. Sem as partes, não pode haver o todo e, sem o todo, o conceito de parte não tem sentido. A idéia de todo implica partes, mas cada uma dessas partes precisa ser considerada como um todo composto de suas próprias partes.No terceiro nível, pode-se dizer que todos os fenômenos têm uma origem dependente porque, quando os analisamos, verificamos que, em essência, eles não possuem uma identidade".

Este questionamento propõe reconhecer que os seres humanos precisam um do outro em nossa rotina por questão de sobrevivência.


Reconhecer que somos dependentes não é fácil, pois é neste momento que mudamos nossos pensamentos passando a tratar as diferenças pessoais como aprendizado da vida. O fato de relacionarmos com outras pessoas resultam em conhecer novos jeitos de ver a vida, culturas e historias de vida diferenças, tudo isso implica em aprendizado através da convivência com o outro em um período de tempo. Os estudantes de administração precisam ter a consciência que há varias formas de ver o mundo, que nosso modo de ver o mundo precisa estar aberto para conhecimentos, como diz a música da Pitty, "são outros rostos e outras vozes interagindo e modificando você".


Diante dessas contribuições sobre a emancipação, resta a Universidade, em especial, o campo da Extensão, a construção de uma prática que possibilite aos estudantes e os sujeitos sociais a vivência da autonomia, a participação na tomada de decisões e a produção de um trabalho coletivo, numa atitude ousada de enfrentamento da hegemonia das forças de regulação (Santos, 2003).


O desafio é compreender e desvendar as relações sociais do contexto universitário, de modo a proporcionar crescimento aos alunos para que estejam aptos a uma atuação autônoma e consistente de forma a manter-se em contínuo processo de emancipação e interdependência

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