Segundo Chalant (1996), "a idéia de carreira, nasceu com a sociedade industrial capitalista liberal e a gestão de carreira é uma idéia mais contemporânea". A palavra carreira, que tem origem no latim via carraria, só passou a ser utilizado como uma propriedade estrutural das organizações para definir a trajetória profissional a partir do século XIX. Nesta linha de raciocínio, define-se carreira como "uma seqüência de atitudes e comportamentos, associada com experiências e atividades relacionadas ao trabalho, durante o período de vida de uma pessoa". Neste contexto, surge o paradoxo: "Como falar de carreira, quando o mercado de trabalho tem demandado cada vez menos empregos estáveis e bem - remunerados"?
Ao avaliarmos o conceito de carreira de alguns anos atrás percebemos que não é mais valioso e pode-se afirmar que hoje apresenta um novo conceito tornando cada vez mais evidente que o que importa é tornar-se empregável pela vida toda, ou seja, ter um emprego que proporcione estabilidade por toda a vida. Então, diante deste fato surge à questão: as pessoas realmente investem na carreira profissional? O diagnóstico está na importância de desenvolver uma cultura de investimento constante na carreira.
A idéia de gestão de carreira supõe uma estabilidade no emprego, uma boa remuneração que atenda suas necessidades de consumo, um espaço para seu futuro profissional. Estes elementos se encontram cada vez mais dispersos para o profissional e isso causa um grande impacto nas carreiras e precisa ser visto com outros olhos pela organização. A empresa precisa estar com uma equipe preparada para ir a campo na disputa de mercado, mas se a equipe não estiver satisfeita dentro da organização compromete o sucesso. A receita é a conscientização da empresa em adaptar a carreira do profissional, destacando o objetivo do profissional, ou seja, o que ele quer ter, ser e fazer, o que ele gosta de fazer e outro ponto muito importante aquilo que ele sabe fazer, ou seja, suas competências.
Ao defrontar com o cenário internacional traçado pelo ambiente organizacional de imensa competição e dinâmica que resulta na instabilidade aos empregos. Neste cenário, empregos são imprevisíveis, surgem e desaparecem e alteram o status social do profissional. Alguns autores afirmam que gestão de carreira é "um processo pelo qual indivíduos desenvolvem, programam e monitoram metas e estratégias de carreira". Contudo, a idéia de gestão de carreira, supõe uma estabilidade no emprego, uma boa remuneração, um futuro profissional relativamente bem traçado e previsível, uma formação adequada e uma ética no trabalho, mas este pensamento se contradiz ao analisarmos o mercado de trabalho que tem demandado cada vez menos empregos estáveis e bem-remunerados; a forma de gestão está cada vez mais dominada por preocupações essencialmente financeiras; o declínio da ética do trabalho; os sistemas de formação estão em crise e o horizonte profissional é cada vez mais curto. Então o que fazer?
Planeje, pois quem não planeja é sempre surpreendido. "O planejamento só é bem definido quando visa um crescimento que possa se traduzir em melhor qualidade da vida para todos, um cenário melhor para a vida de todos na sociedade"- frase de um Administrador. Com estas palavras de um profissional podemos afirmar que os objetivos individuais de um profissional devem estar anexos aos objetivos organizacionais através do desenvolvimento de planejamento e uma educação contínua. E para melhor se definir nas oscilações do mercado cabe ao profissional desenvolver a auto-gestão de sua carreira! Suas ações devem estar voltadas para o planejamento de adequação e manutenção da sua qualidade e competitividade para o mercado de trabalho.
"Administrar é usar recursos escassos e torná-los suficientes para atingir um objetivo." ( Eliane de Oliveira )
Autora: Nayara Nogueira Silva
E-mail: nayara_noguel@yahoo.com.br
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